Segundo a Investopedia, orçamento de capital é “o processo que uma empresa realiza para avaliar potenciais grandes projetos ou investimentos”. Em outras palavras, ao elaborar seu orçamento de capital, uma empresa está prevendo se terá dinheiro para arcar com seus projetos e investimentos no longo prazo, e se esses darão o retorno esperado.
Isso porque todo negócio deve planejar as despesas e os benefícios que podem derivar desse investimento antes de tomá-lo para garantir que não vão prejudicar as operações normais da organização. Por exemplo, antes de decidir abrir uma nova filial, é preciso medir se esse investimento não deixará a empresa endividada no curto ou médio prazo, e se valerá a pena no longo prazo.
Existem diversos métodos para elaborar seu orçamento de capital de maneira eficiente. No artigo de hoje, apresentaremos quais são eles e a importância de fazer uma análise de cada novo grande projeto e de todo portfólio de investimento.
Orçamento de capital: o que é e por que é importante?
O orçamento de capital é o processo que permite avaliar a relação entre os custos e benefícios de vários projetos para que a empresa possa priorizar aqueles que darão os melhores retornos.
Por exemplo, imagine que uma organização queira expandir seu armazém logístico, atualizar seus servidores ou adotar um novo software ERP. No entanto, a organização não dispõe de capital para investir em todos eles simultaneamente — antes de escolher qual caminho seguir, portanto, é necessário realizar uma avaliação financeira. Essa avaliação é o que chamamos de orçamento de capital.
O orçamento de capital é utilizado para avaliar os chamados projetos de capital. Esses são projetos de voltados para melhorar os bens de capital da empresa, ou seja, aqueles ativos que empresa possui, como o prédio da organização, servidores de TI ou maquinário industrial.
Os bens de capital possuem um período de “vida útil”, ao fim do qual podem parar de dar o retorno esperado para sua empresa, sendo necessária uma atualização. Um projeto de capital, portanto, cuida também dessa atualização, tornando o ativo mais eficiente ou produtivo. No entanto, em geral, esses projetos exigem altas quantias de dinheiro.
Antes de gastar largas quantias, fazer um orçamento de capital permite ter a claridade para tomar decisões com bases nos benefícios que cada projeto trará. Ele ajuda a responder, por exemplo, qual será o aumento da eficiência e por quanto tempo a vida útil daquele bem será estendida. Como resultado, também é possível reduzir os riscos envolvidos em fazer um grande investimento.
Como elaborar o orçamento de capital: passo a passo
Existem algumas etapas a serem tomadas para realizar seu orçamento de capital. São elas:
1. Identificação de oportunidades de investimento
Uma organização precisa primeiro identificar uma oportunidade de investimento. Isso pode ser qualquer coisa, desde uma nova linha de negócios até a expansão do produto e a compra de um novo ativo. Contudo, identificar oportunidades é mais fácil na teoria do que na prática. Para começar, esse processo deve envolver todas as áreas de uma empresa para ser efetivo — isso inclui, inclusive, unidades de negócios distantes da matriz.
Além disso, o levantamento de ideais e oportunidades envolve uma avaliação criteriosa dos diferenciais de um negócio, dos seus pontos fracos e de possíveis gargalos. Em seguida, é levantado juntamente com todas as áreas propostas que possam solucionar os problemas identificados.
Manualmente, esse processo pode demorar semanas ou mesmo meses, podendo tornar as próprias ideais levantadas obsoletas. Portanto, contar com uma solução na nuvem que permita o envolvimento de diversas áreas de negócios e a colaboração entre as pessoas no processo para captura de oportunidades de investimentos é fundamental.
2. Avaliação de propostas de investimento
Depois que uma oportunidade de investimento é reconhecida, a organização precisa avaliar suas opções de investimento, ou seja, como as propostas serão colocadas em prática.
Existem vários métodos comumente usados para avaliar ativos fixos em um sistema formal de orçamento de capital. Os mais importantes são:
- Análise do valor presente líquido (VPL). Neste método, identifica-se a variação líquida nos fluxos de caixa associados à compra de um ativo fixo e, em seguida, esse variação é descontada do valor do fluxo de caixa atual. Caso a empresa esteja avaliando um portfólio de projetos, deve escolher aqueles projetos que apresentaram valores presentes líquidos mais altos;
- Taxa interna de retorno (TIR). Aqui, dividi-se o lucro médio após os impostos pelo investimento médio após a depreciação. Este método permite à empresa selecionar os projetos cujos resultados sejam superiores a uma taxa mínima definida pela empresa;
- Prazo de retorno (Payback Period). Determine o período necessário para gerar fluxo de caixa suficiente de um projeto para pagar o investimento inicial nele. Esta é essencialmente uma medida de risco, pois o foco está no período de tempo em que o investimento corre o risco de não ser devolvido à empresa;
- Fluxo de caixa descontado. Os métodos de fluxo de caixa descontado levam em consideração o fluxo de renda presente e futuro. Estes métodos levam em conta o conceito de que um real ganho hoje vale mais do que um real ganho amanhã. Isso significa que eles levam em consideração a lucratividade e o valor do dinheiro no tempo.
3. Seleção do portfólio de investimento
Uma vez que as oportunidades de investimento são identificadas e todas as propostas são avaliadas, é preciso decidir o investimento que vai gerar o melhor retorno e selecioná-lo. A organização deve classificar os projetos de acordo com critérios pré-estabelecidos e selecionar o portfólio que gera maior contribuição para os objetivos do negócio.
Um fator de extrema importância no processo de seleção e priorização do portfólio é a aderência dos projetos à estratégia da companhia. Por isso, deve-se estabelecer parâmetros que permitam avaliar o quanto os projetos selecionados contribuem para atingir os objetivos estratégicos. Muitas vezes, um projeto que gera maior retorno financeiro pode ser preterido por outro por conta de outros critérios tão ou mais importantes para a estratégia da empresa quanto o retorno financeiro.
Tomemos um exemplo real de uma mineradora no Brasil, onde questões de sustentabilidade compõem seus principais objetivos estratégicos, logo um projeto com maior retorno financeiro e grande impacto ambiental deverá ter pontuação pior do que projetos com maior equilíbrio entre retorno e sustentabilidade.
4. Financiamento do projeto
Depois que o projeto é selecionado, uma organização precisa financiá-lo. Para financiar o projeto, é necessário identificar as fontes de recursos e alocá-los de acordo. (Zolpidem) As fontes desses recursos podem ser reservas, investimentos, empréstimos ou qualquer outro canal disponível.
5. Avaliação de desempenho
A última etapa do processo de orçamento de capital é a revisão do investimento. Inicialmente, a organização selecionou um determinado investimento para um retorno previsto. Portanto, agora, eles devem comparar o desempenho esperado dos investimentos com o desempenho real, durante e após a implementação do projeto.
A gestão do portfólio de investimento de capital é uma parte essencial na execução da estratégia da empresa e, como tal, é necessário que você possua as ferramentas certas para tornar as previsões mais precisas. Isso permite que você prove com dados numéricos à gestão da empresa que os investimentos estão alinhados com os objetivos de negócios da organização.
Com tudo isso, uma equipe de gestão de projetos pode rapidamente começar a trabalhar nos números reais no planejamento de cada projeto, não apenas em achismos. Isso leva a um maior desempenho geral, maiores lucros e menor risco a longo prazo para a organização como um todo.
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